A sigla em inglês ESG, que significa Enviromental, Social and Governance, representa um conceito que tem crescido cada vez mais no mundo e orientado investimentos. Desse modo, o ESG define critérios de sustentabilidade ambientais, sociais e de governança para novos projetos ou para condução de negócios.
No setor elétrico, a mudança de mentalidade provocou investidores, que ficam mais criteriosos nas suas decisões. “Começamos a ver um movimento grande de companhias tentando limpar a sua matriz e alguns desenvolvedores entendendo que apesar de ter uma taxa de retorno inicial menor para ativos renováveis, no médio e longo prazo os projetos poderiam conseguir financiamentos mais baratos”, explica Alexandre Americano, sócio fundador da Mercurio Partners.
Saiba mais sobre os 3 critérios de sustentabilidade ESG:
- Ambiental: preocupação em minimizar impactos ambientais, emissões de CO2, eficiência energética, descarte do lixo, uso da água, preservação do meio ambiente, entre outros;
- Social: respeito aos direitos dos funcionários, segurança do trabalho, promoção do bem-estar, etc.
- Governança: boas práticas de governança corporativa como promoção da diversidade, transparência, priorização da ética, etc.
Essa mudança de comportamento do mercado vem acompanhada de uma mudança de mentalidade das novas gerações. Dados evidenciam que então, de forma geral, as prioridades dos millennials – a geração nascida aproximadamente entre 1980 e 2000 – estão muito ligadas à responsabilidade e ao impacto social. De acordo com estudo da Nielsen*, 74% das pessoas dessa geração pagariam mais por produtos ou soluções sustentáveis.
Nesse sentido, cada vez mais as empresas estão buscando metas renováveis, como a Vale que tem como objetivo atingir 100% de autoprodução a partir de fontes renováveis no Brasil até 2025 e 100% do consumo de eletricidade renovável globalmente até 2030. A Apple também segue o mesmo fluxo: o objetivo é reduzir as emissões em 75% até 2025. Desde 2018, a empresa já neutraliza o carbono de suas fábricas, lojas, escritórios e datacenters em 44 países por meio de investimentos em energias renováveis, ações de eficiência energética e uso de componentes reciclados.
A tendência do mercado atual é que cada vez mais empresas adotem essas diretrizes, de forma que isso as tornem mais atraentes para possíveis investidores.
Segundo dados coletados pela Morningstar, em 2020, os investimentos em fundos ESG chegaram a 250 bilhões de dólares**. Os Estados Unidos correspondem a 20% dessa participação — com um crescimento então de 400% nos últimos 3 anos.
Em conclusão, falando de rentabilidade, segundo o Estadão, mais de 60% dos fundos ESG*** dos Estados Unidos tiveram resultados acima da média. Esse percentual em fundos tradicionais é menos que a metade.
Por fim, esse pode ser considerado o “novo normal”, graças ao crescimento das práticas ESG e a valorização de negócios responsáveis com o ambiente, sociedade e sua própria gestão.
*** https://einvestidor.estadao.com.br/investimentos/fundos-esg-comparacao-fundos-tradicionais