O cenário desenhado nos anos de 2020 e 2021 e que elevou as contas de energia tem feito os grandes consumidores industriais do Mercado Livre, buscarem outras alternativas. Os empreendedores representam 35% do consumo no Brasil, e buscam proteção à volatilidade de preços spot e encargos gerados pelo despacho de segurança do ONS.

Um dos modelos mais adequados para solucionar estes desafios é a autoprodução.

Em termos gerais, o autoprodutor é o consumidor que investe em geração de energia para abastecer seu próprio negócio totalmente ou parcialmente. Desta forma, o empreendedor consegue ter mais previsibilidade de seus custos e encargos e, assim, realizar seu planejamento financeiro com maior segurança.

Segundo Karine Casali, Head de Originação da Mercurio Comercializadora, os modelos que possibilitam a autoprodução são inúmeros atualmente. “O mercado pode concretizar a autoprodução através de consórcios entre consumidores e comercializadores, financiamentos de investidores privados ou do mercado de capitais”, exemplifica.

Os modelos de autoprodução mais procurados e que têm previsão de entrada em operação entre 2022 e 2023 fazem uso de fontes renováveis de energia. Além disso, o Brasil ainda é solo fértil para inúmeras outras fontes se considerarmos a disponibilidade de gás natural, extração de matéria-prima ou resíduos da cadeia de produção como, por exemplo, o lixo.